O que é o Pix e como funciona

O Banco Central criou e anunciou, recentemente, a criação de um novo sistema de pagamentos,  chamado de Pix. Sua função principal é acelerar o processo de pagamentos e transferências entre bancos, e seu funcionamento é em tempo integral, 24h por dia, 7 dias por semana.

TED E DOC

Isso significa que os tão conhecidos TED (transferência eletrônica disponível) e DOC (documento de ordem de crédito) não serão mais necessários. Isso é extremamente positivo, já que o TED, por exemplo, só envia o dinheiro no mesmo dia se a transferência for feita até às 17h. O DOC, por sua vez, possui um valor máximo para transferências, que é de R$4.999,00.

Além disso, a média do valor cobrado por esse tipo de transação é de R$18,00.  Com o Pix, as transferências serão feitas em, no máximo, 10 segundos. E o melhor: de forma totalmente gratuita. 

PIX

A partir do dia 16 de novembro de 2020, será possível realizar pagamentos e transferências bancárias entre bancos diferentes em apenas alguns segundos. Poderão ser realizados pagamentos de contas de luz, água, pagamentos em lojas e todo tipo de compra online. 

A desburocratização do sistema financeiro ajuda ampliar o acesso de milhões de brasileiros que estão fora do sistema bancário do país. O Banco Central pretende, com o Pix, facilitar este acesso, pois muitas pessoas não possuem conta-corrente, poupança ou conta salário em qualquer banco, mas têm acesso à internet e ao celular.

OUTROS BENEFÍCIOS

No Brasil, ainda é muito comum a utilização de boletos para compras online. Entretanto, o boleto possui um prazo – que pode ser de 1 ou mais dias, entre a compra e a efetivação do pagamento. Com o Pix, a loja confirma o pagamento na hora e sua compra pode ser entregue em um prazo mais curto.

Para quem tem empresa, o Pix também é um grande aliado no que se refere ao controle do fluxo de caixa e o recolhimento dos tributos, pois tudo fica registrado de forma digital. 

COMO FUNCIONA

Os cadastros já estão sendo realizados por cada instituição financeira, banco ou fintech. No aplicativo ou site das instituições, existem as indicações de como realizar este cadastro.

Cada pessoa poderá cadastrar uma chave de endereçamento, que é a chave para os seus dados bancários, que pode ser um e-mail, CPF ou número de celular. É importante destacar que cada conta exige uma chave diferente e, além de e-mail, CPF ou celular, a pessoa também pode utilizar um número aleatório do Pix, criado por seu banco, como chave pessoal. 

Para pessoas físicas, a utilização é totalmente gratuita e cada conta pode ter até 5 chaves. Para pessoas jurídicas, 20 chaves por conta e o valor de apenas R$0,01 a cada 10 transações. Todo banco, instituição financeira e fintech com mais de 500 mil clientes vai ser obrigada a aderir ao PIX no país. Essa forma de transação facilitada é uma tendência mundial e já existe em outros países há muito tempo.

SEGURANÇA

Assim que foi divulgado e os cadastros começaram, muitos golpistas aproveitaram a situação. Diversos relatos de e-mails falsos, que linkam à sites que simulam bancos foram contabilizados. Nestes sites, os golpistas pedem todos os dados do cliente para cometer fraudes em seu nome.

A desinformação e a disseminação de Fake News pelo Whatsapp também contribui para estes golpes. É importante que os clientes de instituições financeiras prestem atenção em quais links estão clicando e se o site é realmente verdadeiro; é possível fazer isso verificando quaisquer inconsistências na URL, por exemplo. 

O Banco Central destaca que nenhuma instituição financeira irá utilizar link por SMS, ligação ou e-mail com link para cadastro do Pix. Portanto, o cliente deve acessar, por aplicativo ou site, por conta própria, e então realizar seu cadastro no Pix.

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